Sua Alma já está disponível para Download

 


É tempo de incorporar nosso Corpo de Luz, a Alma.

Acho que fiz uma importante descoberta. Mas devo ressaltar que o que descobri não é nada excepcional, apenas o óbvio. Geralmente é assim mesmo, pois a verdade sempre aparece como o óbvio, já que sempre esteve lá, a gente é que não enxergava antes.

E essa verdade me veio como um insight. A princípio parecia não trazer nada de novo, mas aos poucos foi mostrando-se capaz de encaixar todas as peças do quebra-cabeça. E agora aparece para mim como uma revelação, a ponto de encher-me de esperança e disposição para acordar e enfrentar o dia com uma percepção renovada.

Já em outro texto eu mencionei que um dia, há milhares de anos na história da humanidade, o homem descobriu o EU. Ele já não era um ser com apenas consciência de bando. Ele percebeu que esse EU tinha um corpo e que esse corpo era diferente de qualquer outro e que vivenciava experiências distintas, portanto, lhe deu um nome. Passados algumas centenas de anos, ele se deu conta que era diferente dos outros homens não só em função de diferenças físicas, mas era diverso também por suas emoções, e se atribuiu uma personalidade. Já mais recente, compreendeu que era além de um corpo e suas emoções, ele também era constituído de razão, uma inteligência e, com o despertar da mente, criou um universo todo novo. A esses três corpos ele conferiu um EGO.

Nenhuma dessas passagens foi clara e imediata. Há pessoas em diferentes níveis até hoje. Há seres tão rudimentares que vivem apenas para alimentar o corpo, há outros que sucumbem a todos os dramas e paixões e não são sequer capazes de dar ouvidos à razão, onde supostamente encontrariam alguma paz. Uma boa parte de nós se encontra procurando desenvolver o domínio dos três corpos e faz um esforço danado para se manter na razão, o admirável novo mundo do saber. Tão magnífico que seduz a tantos e nos faz sentir superiores, orgulhosos de estarmos vivendo no domínio do intelecto, do conhecimento, a ponto de termos certo desprezo, e na melhor das hipóteses, certa compaixão por quem ainda sofre com as mazelas dos “estágios” anteriores. Cometemos até o erro de achar a mente superior ao emocional e este ao corpo sem compreender que cada um tem sua função e sua importância.

O deslumbre com a mente é natural, afinal compreender as razões de tudo deveria nos tornar capazes de trazer todo o equilíbrio necessário para se viver em harmonia. O conhecimento absoluto nas ciências, no saber e na razão deveria tornar o mundo hospitaleiro, permitir a construção de uma sociedade justa, uma humanidade conciliatória, livre de qualquer violência. Mas, não é bem o que vemos no mundo a nossa volta, não é mesmo? O domínio da mente, por si só não parece resolver o problema. A conquista do saber, que nos deveria igualar a todos, parece nos colocar acima uns dos outros a ponto de ser necessário imputar a culpa ao Ego, aos vícios do emocional, ao desejo, aos excessos, pela falta de equilíbrio que ainda sentimos. Se o homem não fosse ganancioso, talvez o mundo já tivesse alcançado a paz tão sonhada, não é mesmo? Então, a mente sagaz culpa a emoção desenfreada por todo o mal da humanidade. Essa emoção arrebatadora que faz o homem perder a razão.

Mas, e se descobrirmos que ainda não estamos completos? Que ser constituído de um corpo físico, mental e emocional ainda não nos faz inteiros? Ora, a gente sabe disso, e é aqui que eu digo que meu insight parece não trazer nada de novo. Sabemos ser algo mais. Intuímos ser depositários da centelha divina, donos de uma ALMA. E é aí que a coisa empaca. Há questões mal resolvidas sobre a alma. Uma banda crê que a alma é imortal, inteira, criada à imagem de deus, portanto, perfeita. Outros vêem a alma como um estado de ser em evolução, que reencarna em diferentes personagens (EGOs)  até alcançar a consciência plena. Outros acreditam ser uma alma que vai alcançar o descanso ou tormento eterno após a morte, segundo seus méritos. Outros ainda crêem que alcançada a iluminação estaríamos num outro patamar imaterial, de luz e esplendor. Há tantas formas de se falar da alma quantas forem as crenças existentes. Também se atribui diversos nomes: alma, espírito, mônada e há uma enorme diferenciação para cada estado e função. Mas, sem entrar no mérito desse mistério, quero apenas desenvolver outra linha de raciocínio, bem mais simples.

O insight que tive foi entender que cada corpo tem sua função e seu campo de ação. A mente não pode iluminar a humanidade, apenas o domínio desse quarto corpo pode fazer isso: o nosso corpo de luz, a alma.

Há coisas que nos são ditas que ficam reverberando na mente, nos chamando a pensar. Uma delas, recentemente, foi decorrente da minha queixa de estar cansada de ter um corpo físico para alimentar, oferecer morada, cuidados, etc. Bem queria já ter superado essa fase e viver apenas em espírito, cansada que estou no exercício do domínio das emoções, e do medo. Até que alguém me disse: - E, para quê? Sem um corpo, não dá para fazer nada. Não dá para tocar um violão, cantar, fazer arte, cuidar do jardim, viver aventuras e todas as coisas que nos despertam enorme prazer. Porque querer viver no “Céu”, em estado de consciência idílica, trocando vibrações? Qual a razão disso? Não foram bem essas palavras, mas foi isso que ficou na minha mente. E, eu pensei que isso era muito importante analisar.

Muito dos que perseguem o conhecimento do saber espiritual, seja através de que religião for, está em busca da iluminação. Muitos mestres nos falaram disso. E a gente crê que atingir esse estágio seja muito mais do que tocar harpa no céu, sem dúvida, mas acho que estamos fazendo uma interpretação errada das lições deixadas por eles.

Deus, com certeza, deseja se manifestar na matéria por puro prazer, simples assim. Porque o criar é constante e belo. É algo que ele não pode evitar, eles simplesmente faz e é. Por isso, talvez não tenha nada a ver a gente ficar sonhando com iluminação no sentido de nos libertar da matéria. Esse é o sonho da MENTE deslumbrada consigo mesma. Faz todo sentido que o desejo desse corpo mental, ora dominante, seja viver um mundo máximo que se realiza apenas na consciência, pois para ele, todo o resto é “entulho” que atrapalha.

Assim, resgatando a importância do pobre corpo físico e emocional, hoje achincalhados de sua relevância, e considerando que todo o resto da criação de Deus deva ter um propósito que não apenas o de servir à mente egóica, e admitindo que, por mais que a gente queira negar, devemos estar bem no começo deste caminhar... Talvez tudo o que a gente esteja vivendo nesse momento seja apenas o vislumbramento de um novo limiar, o reconhecimento e o despertar de um 4º. Corpo, apenas isso. Bem que gostaríamos de estar esperando pela 4ª. Dimensão, nova era, bla bla bla... Imaginar um espetacular novo mundo...

Se servir de consolo, pelo menos também não estamos no fim dos tempos. Talvez nada demais esteja acontecendo, e que pelo melhor ou pior, estamos apenas incorporando a consciência de mais um corpo que por hora nos parece externo, estranho, divino, e difícil de alcançar.

Por mais deslumbrados que estejamos com as capacidades da mente, somos obrigados a reconhecer que ela não passa de mais uma ferramenta do ser, tal qual o físico e o emocional, sabemos disso. Revestir-se do nosso corpo de luz, portanto, é tão necessário para os planos de Deus, quanto foi cada um dos estágios até agora. Ou seja, Deus não está esperando que nós despertemos para o reino de deus, mas que incorporemos o corpo de luz, a alma, no nosso PRESENTE, de forma tão lúcida, como estão nossos sentidos físicos, nossas emoções e nossa mente. Poderemos até descobrir que somos tão diferentes uns dos outros em alma, luz e cor, como somos em nossa forma física, emocional e até mental.

Nossos grandes mestres eram seres despertos em vida. Seres vistos como luminosos! Entretanto, acho que nosso erro está em achar que alcançar esse estágio seja a meta máxima e que feito isso, podemos morrer para a vida terrena. O que estou a ponderar é que despertar a alma para a vida cotidiana é uma meta em si, e que haverá ainda outros milhares de anos para o homem realizar a vida consciente na matéria e aprender coisas novas com isso. Nossos mestres viveram muitos anos assim encarnados para nos ensinar o que seja a vida em luz, mas seu objetivo em grande parte era nos passar esse conhecimento, semear o aprendizado, para que um dia, em massa, isso fosse realidade para todos.

Muitos de nós já vivemos lampejos dessa consciência em vida. Momentos de despertar de grande alegria. Quem nos dera fossemos capazes de nos manter nesse estado de consciência todo o tempo, não é mesmo? Acordar logo cedinho com a alma desperta, nossa consciência deslocada do corpo mental, para o corpo de luz. Olhar o mundo desse patamar cem por cento do tempo. Seria tão bom viver na Terra! Quem já viveu essa experiência, nem que seja por alguns instantes, sabe que o despertar da consciência é o despertar da centelha divina que reside em cada um de nós. É manifestar Deus na Terra.

Reproduzindo uma parte de um texto que já escrevi antes:  “Posso garantir que quando se está sob a presença de Deus, o comando de Deus, sob a influência de Deus, nem passa pela mente qualquer coisa que não seja o amor, a paz, o bem estar, a fartura, a plenitude... E quem sente tal coisa não precisa ver ninguém como inimigo; não precisa se defender de nada, não põe nada em perigo, nem deseja o mal. Estar em Deus é tão agradavelmente superior que não há espaço para outra coisa além da felicidade e vontade de compartilhar a divina essência com todos.” Isso esclarece muita coisa não é mesmo? 

Não é a MENTE que vai trazer a paz ao mundo, isso não é função dela.  É nosso corpo de luz, a alma que falta ser integrada ao viver consciente é que será capaz de fazer isso e muito mais. O triste fato é que sendo isso verdade, que a humanidade esteja apenas passando pelo despertar da alma como um corpo a mais a ser incorporado na vida cotidiana, então, é certo que há uma longa jornada pela frente, pois lamentavelmente podemos contar nos dedos o número de pessoas que dominam seu corpo de luz hoje em dia. Mas, nem tudo são lágrimas. O triste reconhecimento de que há muito o que caminhar se contrapõe a alegria de perceber que nada mais está sendo pedido além do despertar da alma na vida de cada um. E esse processo é tão natural como foi o despertar do corpo físico, emocional, e mental. É um processo de milhares de anos, sim, que só será uma realidade global se cada um fizer a sua parte e contagiar os demais.

Entretanto, chega a ser um alívio pensar que não cabe mesmo ao mental salvar o mundo, nem ao ego, nem ao que entendemos por NÓS atualmente. É também uma alegria pensar que o despertar da alma já está disponível para download. É a hora e o tempo para essa realização e você está no meio disso tudo.

Saber disso pode ser revelador e estimulante já que descobrimos que não precisamos matar o EGO e que não há nada errado com cada um dos nossos corpos.  Imaginar que podemos acordar pela manhã e que nossa meta diária não é lidar com o mundo usando apenas os nossos recursos físicos e mentais, mas encarar o desafio de despertar a alma junto e deixá-la ser a parte de nós consciente e dona de tomar as decisões a partir de um novo patamar. Estar desperto na alma é olhar o mundo de um degrau acima, capaz de ver muito além, sem tanta perturbação dos chamados corpos “inferiores”. Ninguém está pedindo para você se iluminar e virar um santo. Ao contrário, o chamado é para incorporar a alma consciente em vida, e deixá-la conduzir a vida nesse novo estágio mais harmonioso do ser.  Com a alma vai ser mais divertido viver na Terra.

Daqui a alguns milênios talvez a gente olhe para trás e veja as tribulações dos dias atuais como a gente vê e interpreta as tribulações do homosapiens na época dele, com condescendência e simpatia. Provavelmente estaremos nos identificando não pelos nomes humanos de João e Maria, mas pelo vibrar de nossas luzes, quem sabe, então, visíveis. Certamente não seremos santos, mas pareceremos santos do ponto de vista de hoje.

A vida, com certeza, será mais fácil e mais abundante. E, poderemos, inclusive, incorrer no erro de pensar que a Alma seja o corpo máximo, o último estágio, até descobrirmos que ainda há outro nível de conscientização a anexar, que pareça tão inexeqüível a nós quanto a Alma nos parece hoje em dia, a ponto de termos que passar por mais uma fase confusa de aprendizado. Tudo simples assim.

crédito foto: https://pxhere.com/

Patricia kenney

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