A hipnose humana
Uma das mais importantes respostas que encontrei em minhas leituras tem a ver com à realidade do nosso mundo.
Gosto de lembrar que sou apenas um aprendiz de Deus, mas estou convicta do que vou desenvolver a seguir. Pode parecer complicado quando afirmo que esse mundo humano não é o mundo de Deus. Sempre tive dificuldade em aceitar a coexistência de um Deus presente, atuante, e esse mundo cheio de sofrimento. Há muitas coisas lindas em nosso mundo, mas há também uma infinidade de conflitos. Ele é tão imperfeito que não pode ser a manifestação de Deus. Há muito desse universo humano que só pode ser uma criação exclusiva nossa e, embora seja difícil de acreditar, temos que aceitar que muito do que achamos real, não é real. Não existe de fato. Então, se só há Deus, esse nosso mundo pobre deve ser mesmo uma ilusão.
Temos que concordar com isso. Ninguém consegue entender que Deus possa ser conivente com tudo o que há de errado no mundo. Toda fome e sofrimento... Como aceitar que Deus seja conivente com isso? Ele não é, mas, infelizmente, nada pode fazer, porque nada disso existe de fato. É como uma hipnose. Para nós, uma realidade bem dura, mas para Ele, uma amarga hipnose da qual temos dificuldade de acordar. Essa hipnose coletiva deve ser real, pois, somente assim podemos aceitar que Deus testemunhe tudo isso e nada faça para mudar.
Gosto do exemplo de Goldsmith. Ele afirma que vivemos, de fato, uma espécie de hipnose coletiva. É como se um hipnotizador chamasse alguém do público e lhe dissesse que, fizesse o que fizesse, não conseguiria se livrar de um feroz poodle branco que havia no palco. Todos nós testemunharíamos o voluntário, sob hipnose, fazer o possível para se livrar de um poodle branco que só ele via. O sofrimento, para o voluntário seria real e ninguém poderia ajudá-lo a se livrar do que não existia. A não ser que ele fosse acordado da hipnose. Apenas desperto ele veria que nada havia lá.
Nosso mundo de ilusão, falho, limitado, deixa de existir na medida em que despertamos para o mundo de Deus. Deixa de existir na medida e no exato momento que passamos a alcançar um pouco do que Jesus tentou nos ensinar. Jesus era capaz de ver o mundo com os olhos de Deus e por isso podia fazer os milagres que fazia. O mal não era real; não tinha poder; por isso ele podia dizer para um aleijado andar.
Podemos também dizer que o homem deve morrer a cada dia como humano e nascer como ser divino que é. Como ser divino ele passa a ser uma luz no mundo e ajuda a desfazer a névoa que nos cega à verdade maior. Cada um pode começar a trilhar esse caminho e a ouvir a voz que vem de dentro e que sussurra suavemente em nossa consciência.
Crédito foto: Sebastião Salgado
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5 comentários:
Cara Patrícia, como vai?
Tenho procurado me aprimorar nesta consciência de que somos prisioneiros de uma ilusão, que nos é apresentada através de nossos sentidos (visão, olfato, tato, etc. ), e a essencia das coisas, que reflete a verdadeira face e o caráter de "Deus", se não nos libertamos e "acordamos", esta nos passa desapercebida. Nas verdade, não me expressei bem sobre isso acima. Vou desenvolver algo a respeito com calma. Por enquanto, gostaria de deixar algumas palavras da Helen Schucman, retiradas do prefácio do seu "Um Curso em Milagres": "O mundo da percepção..se baseia em interpretação, não em fatos. É o mundo do nascimento e da morte, fundado sobre a crença na escassez, na perda, na separação e na morte. Ele é aprendido mais do que dado, seletivo nas ênfases que dá a percepção, instável em seu funcionamento e impreciso nas suas interpretações....Quando foste aprisionado no mundo da percepção, foste aprisionado num sonho. Não podes escapar sem ajuda, porque tudo o que os teus sentidos te mostram, apenas testemunha a realidade do sonho...o que a percepção vê e ouve parece ser real porque ela só permite que entre na consciência o que está de acordo com os desejos de quem está percebendo. Isso leva a um mundo de ilusões, um mundo que precisa de defesa constante, exatamente porque ele não é real." Mas, pergunto-me: como e porque este mundo da imperfeição, da ilusão se instalou na nossa frente? Mais: como o mundo da imperfeição que eu vejo, é o mesmo mundo da imperfeição que você vê, e que o outro vê? Já entendi que Deus, ou a Mente Universal, ou a sabedoria cósmica, ou qualquer outro nome que se queira dar para designar este grande mentor de tudo o que há, ele á perfeição absoluta, a justeza mais justa, mas não me conformo de estarmos vivendo no meio da falta da justeza de Deus, e que nós somos os responsáveis por isso. Não tenho resposta para isso ainda. Talvez os comentário da Helen ajudem: "O mundo que nós vemos somente reflete nosso próprio referencial interno - as idéias dominantes, desejos e emoções de nossas mentes...Nós fazemos com que ele seja verdadeiro atravéz de nossas interpretações do que estamos vendo. Se estamos usando a percepção para justificar nossos próprios erros - nossa raiva, nossos impulsos para atacar, nossa falta de amorem todas as formas que pode ter - veremos um mundo de maldade, destruição, malícia, inveja e desespero...pretendo discorrer mais sobre isso, deixa eu pensar...beijos...Wagner Woelke
Querido Wagner,
Fiquei curiosa sobre o livro de Helen Schucman. Lembrei que minha mãe tem em casa. Vou correndo buscar. rsrsr
abraço
pat
Olá, Patrícia, obrigado por responder... Quabnto a mim, estou escrevendo a respeito da "impessoalidade" de Deus, a respeito de como os concentos do que é "bem" e do que é o "mal" dÊle são muito diferentes dos conceitos da humanidade sobre as mesmas coisas, principalmente por serem muito relativos. O ambiente que Deus "percebe" é muito mais complexo e vasto do que ele permitiu ao ser humano, no tempo, no espaço, e também nos campos da moral, justiça e em relação a outros valores vigentes em algum lugar da Terra, em algum momento. Vc. mencionou também num de seus capítulos o holocausto: isto me deixa encafifado há muitos anos, aquela tragédia toda, além da permanente tragédia africana, o tsunami, e outros. Também entro em parafuso quando vejo uma criança, cuja formação no ventre da mãe foi toda orquestrada diretamente por "Deus", nascer com defeito... obrigado pela oportunidade...Wagner Woelke
Querido Wagner,
Segundo Goldsmith, Deus estava presente no holocausto e em todas as tragédias. Mas elas, como criações do mundo humano, a hipnose coletiva, cegam os homens e não permitem que despertem para a presença de Deus. Ainda assim, há muitos que, por menor que seja a sintonia com Deus, operam milagres nesses momentos. Lembra do relato sobre menina inglesa de 12 anos que havia tido uma aula de tsunami na escola e que percebendo o recuo do oceano alertou sua mãe e, com isso, salvaram-se dezenas de pessoas que “ouviram” a mãe e a menina? Acho mesmo que se não formos capazes de ver com “olhos divinos” e despertos da ilusão, ficamos mergulhados nos horrores da vida humana. Grandes catástrofes nos impressionam, mas a cada segundo alguém está vivendo uma catástrofe pessoal e isso não é, também, indiferente à Deus. Mesmo quando a gente sofre uma grande perda, a gente, curiosamente, percebe a mão de Deus nos amparando.
Faz sentido para mim que nada se pode fazer para ajudar alguém mergulhado numa hipnose, a não ser, despertá-la. E tenho a certeza que todos nós recebemos sinais para isso. Seja um livro que nos cai à mão, seja algo surpreendente que acontece e que faz a gente pensar. É claro que não tenho respostas para a criança em formação do ventre da mãe. Também me custa a aceitar um Deus injusto. Goldsmith fala em crença coletiva, ilusão coletiva e que nós herdamos, aceitamos e incorporamos... A criança só é criança em forma/corpo. O espírito dela é tão antigo como nós. Ele lembra que NINGUÉM MERECE o sofrimento, a doença... Ninguém! Ninguém fez nada de errado e que os efeitos da ignorância se desfazem com o despertar para o que realmente somos.
Essa impessoalidade de Deus que você anda estudando me interessa muito. Mande para mim o que você já escreveu sobre isso.
Um abraço
pat
Olá, cara Patrícia, como vai?
neste fim de semana vou juntar várias anotações e impressões minhas, que fiz ao longo de um período, acerca do assunto. Muito bom este meu envolvimento nos comentários do seu e-book, pois me obrigará a expor meu ponto de vista de forma completa. Minhas discussões, no bom sentido, a respeito deste assunto - a impessoalidade de Deus - já rendeu algumas revoltas dos meus interlocutores...rsrs...mas sempre será um leigo falando das coisas...
beijos
Wagner Woelke
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