Todo o conjunto, incluindo a parelha de cavalos, representa o nosso corpo físico; os cavalos são nosso emocional; o condutor, nossa mente, e dentro da carruagem propriamente dita repousa adormecido o senhor, o amo da carruagem, nosso Eu superior.
Os cavalos (nosso emocional), cheios de energia, quando desgovernados podem levar toda a carruagem ao perigo absoluto. O condutor (o corpo mental) precisa estar no controle total dos cavalos para levar a carruagem a algum destino. Mas, se o senhor (o Espírito) repousa em berço esplendido e não diz onde se deve ir, vagamos perdidos pelo mundo.
Tive bons e queridos mestres que passaram por minha vida. Alguns marcaram sua presença numa rápida conversa, outros através dos livros e outros bem mais presentes.... Através deles descobri coisas maravilhosas a respeito de mim mesma! Vejo que toda a jornada da vida é necessária para nos ajudar o despertar, mas quero deixar registrado como tudo aconteceu... O que foi que me levou a verdadeiramente experimentar a presença de Deus. Isso porque, surpreendentemente, foi mais fácil do que eu jamais poderia imaginar. Chamo esse relato de Diário do Herói, pois somos todos heróis na busca por Deus.
Que ninguém pense que eu estou no céu. Essa é uma longa jornada, mas me sinto feliz de saber que cheguei a um novo patamar. Ainda estou trabalhando muito para me manter aqui, solidificar o que estou aprendendo de forma a não ser mais, nem estar mais onde estava há alguns anos atrás.
Diário do Herói 1: A cura espiritual
No fim de semana antes do natal de 2008, meu marido viajou e minha filha foi para a casa de tios no interior de Minas. De repente me vi sozinha e feliz por ter vários dias para me dedicar à leitura e meditação, sem obrigações com a casa ou responsabilidades com a alimentação da família.
O primeiro fato curioso aconteceu depois de muitas horas de leitura dos livros de Goldsmith, recomendados pela minha professora de yoga Caetana (a mesma que me contou a historinha acima). Linha após linha de leitura eu ficava cada vez mais convicta de que tudo o que ele dizia, fazia sentido, tinha lógica para mim.
Ele afirma que há milhares de anos falamos e discutimos sobre Deus e nada muda no mundo. Segundo ele, está na hora de parar de falar e passar a fazer, viver a experiência de Deus, na prática: vivenciarmos efetivamente a presença dele. Ele, Goldsmith, é um grande mestre inspirado e, antes de começar a escrever, adquiriu e vivenciou, em mais de 30 anos, a prova do poder de cura de Deus. Testemunhou a cura de doenças incuráveis e aprendeu e realizou a presença de Deus na Terra. Ele diz que essa capacidade está à disposição de todos e lembra que Jesus não veio à Terra exibir seus poderes, mas nos mostrar o caminho disponível a todos.
Naquela noite, enfim, eu estava me sentindo muito mal, depois de ter abusado de comidas deliciosas, mas pouco apropriadas (eu estava de férias da cozinha!). Fui dormir assim mesmo. Sabia que não teria uma boa noite, com certeza. Eu estava com um enjoo de estômago persistente, dores articulares (algo que vem me incomodando com certa frequência) e um quadro de resfriado com uma febre leve, congestão e dor de cabeça.
Depois de muito rolar na cama, resolvi me sentar e meditar, DE VERDADE, sobre as idéias de Goldsmith. Era hora de colocar em prática as idéias dos livros. Dizia para mim mesma: "Faz mais de 30 anos que fico filosofando a respeito de Deus. Vamos lá... Tenha a coragem de por em xeque suas crenças... "
Comecei a refletir sobre “Deus é tudo e o único poder”. “Dor não é uma realidade em Deus: azia e mal-estar não existe na totalidade de Deus presente. Sendo Deus tudo e sendo Ele bom, o mal não existe a não ser na crença humana de um mundo separado de Deus”. “Meu corpo, sendo feito da substância de Deus, é também perfeito”. Segui refletindo afirmações como essas até que, naquele silêncio e solitude, logo alcancei um estado alterado de consciência. Eu estava firme nas minhas afirmações e, neste estado confiante, senti, de repente, um bem estar surpreendente descendo sobre mim, fazendo com que a dor das articulações sumisse. Não demorou muito o mal estar também se foi e, antes que eu me maravilhasse com tudo aquilo e deixasse escapar a enorme energia que estava sentindo, passei a respirar livremente, livre da sensação febril. Fiquei tentando segurar a presença, me manter naquele estado por mais tempo, mas não foi possível. A onda veio e se foi, levando todo meu mal-estar. As dores não voltaram mais e rindo pensei... E Agora? Que vou fazer? Acabei de testemunhar que tudo o que eu li é verdade. Encantada, percebi simplesmente que nada mais havia a fazer a não ser dormir na Paz de Deus em que eu me encontrava. Voltei a deitar e dormi o sono dos anjos.
Depois disso, não posso mais questionar a capacidade da cura espiritual.
Doença não é poder. "Se doença fosse mandada por Deus, não haveria nada na Terra capaz de vencê-la", como dizia Goldsmith.
Diário do Herói 2: Todos somos um
Já havia dias que vinha lendo livros místicos e por isso estava mergulhada numa aura distinta do nosso dia a dia. Na noite anterior, eu havia tido minha primeira grande experiência da presença de Deus e eu estava em completo estado de graça. Não como uma santa, mas como alguém que está em paz, feliz, segura, pisando nas nuvens.
Eu havia acabado de sair de uma meditação quando recebi o telefonema de uma amiga, dizendo que não viria me visitar conforme combinado porque um conhecido havia sofrido um enfarte e ela iria levar a esposa dele de volta ao hospital. Como eu o conhecia, disse a ela que enviasse MEU amor aos dois. Não sou o tipo que diz essas coisas, mas isso saiu naturalmente. Minha amiga estranhou também... e, após dizer, mecanicamente, que faria isso, desligou o aparelho. Assim que pus o fone no ganho, fui inundada por tamanha felicidade, como se eu soubesse que ele ficaria bem. A felicidade era tamanha que me recostei na parede e lembro-me de ter pensado que eu estava, mesmo, muito estranha. Havia acabado de receber um telefonema preocupante e ser tomada de extrema alegria, sem justificativa aparente, era, no mínimo, esquisito. Mas no fundo eu SABIA que ao ter usado a palavra MEU, eu não estava falando do amor da minha pessoa humana, mas do EU de Deus que há em mim e, assim, fiz uma conexão instantânea com o amigo enfartado, pois somos todos EUs de DEUS e estamos todos interligados.
Fiquei tão impregnada daquela certeza que pensei em contatar minha amiga, mais tarde, para ter a confirmação dos meus sentimentos sobre ele. Não precisei fazê-lo, pois, no dia seguinte, recebi um e-mail dela dizendo estar tudo bem. Dias depois o encontrei na rua, feliz e falante. Não seria bom a gente ter essa convicção de que está tudo bem quando precisamos dela?
Quando em Deus, estamos todos conectados. Goldsmith diz que um curador não precisa nem saber quem é o enfermo ou a natureza da sua doença. Basta alguém vir a ele procurando ajuda para que, durante o tratamento, que nada mais é do que uma meditação para tornar-se consciente da presença de Deus, o enfermo, onde quer que esteja, será alcançado pela cura transformadora do Cristo. Ele, o curador, é apenas o veículo, o meio de contato. Uma vez em Deus - contatada a central, a fonte - todo aquele no raio da consciência de quem medita será tocado pela presença de Deus.
Por isso mesmo, não há necessidade de tentarmos transformar/mudar quem quer que seja. Por isso mesmo, é que bastam alguns para salvar toda uma sociedade, pois, cada um que sintonize a presença divina, estará beneficiando a todos no raio de alcance da sua consciência. Todos aqueles que conheceram você; todos aqueles que falaram com você algum dia da sua vida; todos aqueles que despertaram sua atenção serão beneficiados. Você não precisa pensar, rezar por cada um deles, mas apenas abrir sua consciência a Deus.



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